Em resposta às regulamentações da União Europeia (UE) sobre interoperabilidade de mensagens, o WhatsApp, um dos aplicativos de mensagens mais populares do mundo, está tomando medidas para tornar-se compatível com outros aplicativos de mensagens, como o Facebook Messenger e o iMessage.
Essa mudança marca um importante desenvolvimento no cenário das comunicações online.
A necessidade de interoperabilidade
Atualmente, os aplicativos de mensagens operam em silos, com usuários do WhatsApp incapazes de trocar mensagens de forma fluida com aqueles que utilizam outros aplicativos, como o Telegram ou o iMessage da Apple.
Isso levou à fragmentação da comunicação online, onde amigos e familiares muitas vezes precisam recorrer a vários aplicativos para se comunicarem, tornando o processo incômodo e pouco eficiente.
Para tentar resolver esse problema, a UE introduziu o Digital Markets Act (DMA), que visa promover a concorrência no setor de tecnologia e melhorar a experiência do usuário, tornando a interoperabilidade de mensagens uma exigência fundamental.
WhatsApp adere às regulamentações
Recentemente, foi descoberto código no WhatsApp que sugere a preparação do aplicativo para oferecer compatibilidade com outros aplicativos de mensagens.
Essa nova funcionalidade, chamada de “Chats de Terceiros”, é um passo crucial para cumprir as regulamentações da UE.
O WhatsApp não está sozinho nessa jornada. Outros aplicativos de mensagens populares também estão se adaptando para oferecer interoperabilidade.
Essa mudança promete simplificar a vida dos usuários, permitindo que eles se comuniquem sem problemas, independentemente do aplicativo que seus contatos estejam usando.
A posição da Apple
No entanto, a Apple, fabricante do iPhone e criadora do iMessage, alega que o iMessage não deve ser submetido às mesmas regulamentações de interoperabilidade.
A empresa argumenta que não possui um número suficiente de usuários europeus para ser considerada “dominante” de acordo com as regulamentações da UE.
Essa afirmação da Apple levanta questões e está sendo investigada pela UE, que solicita que a empresa forneça estatísticas de uso para comprovar sua posição.
As novas regras só entram em vigor em 2024. Mas isso nos deixa curiosos em saber como isso afetará nosso dia a dia. Será que as mudanças ficarão restritas somente ao território europeu? (lembrando que um pedaço dele faz divisa com o Brasil, graças à Guiana Francesa).
Faltam ainda alguns meses para termos respostas a essas dúvidas.
